No entanto, segundo Timothy Ray, general da Força Aérea dos EUA, essa é uma ideia idiota.
"Por que mantemos uma ideia brutalmente onerosa se nós, como Departamento [de Defesa], não temos dinheiro para fazer isso?", questionou Ray, que chefia o Comando Global de Ataque da Força Aérea dos EUA, durante seu discurso nesta quinta-feira (1º) no podcast Aerospace Advantage organizado pelo Instituto Mitchell.
"Vários congressistas têm me perguntado, e sabem o quê? Sinceramente, eu acho que é estúpido", disse alto comandante dos EUA. "Eu só acho que é uma ideia estúpida ir e investir essa quantidade de dinheiro que recria algo que o serviço já domina a fundo e que já estamos fazendo atualmente. Por que raio você tentaria fazer isso? Eu tento fazer com que minha linguagem não seja um pouco mais expressiva do que ela é, mas poupem-me", avança portal Defense News.
Especificamente, Ray defendeu que seria difícil vender as novas armas do Exército aos parceiros dos EUA na Europa e na Ásia, enquanto os bombardeiros têm uma "capacidade comprovada" de atingir alvos a grande distância.
De acordo com o secretário do Exército Ryan McCarthy, o serviço já gastou US$ 1,3 bilhão (R$ 7,4 bilhões) em seu programa LRPF.
Além disso, no mês passado ele pediu aos legisladores que aprovassem gastos de mais US$ 1,7 bilhão (R$ 9,7 bilhões) para o ano fiscal de 2021 sendo que US$ 800 milhões (R$ 4,5 bilhões) deste valor seriam usados para desenvolvimento de uma bateria de mísseis hipersônicos lançados do solo.
Ao todo, o Exército dos EUA prevê gastar US$ 10 bilhões (R$ 57 bilhões) no desenvolvimento de LRPF nos próximos dez anos.