Ex-ministro australiano apela para a limitação das relações econômicas com China

Tom Kenyon, ex-ministro do Comércio australiano, apelou a Camberra para limitar as relações econômicas com Pequim, comparando o presidente Xi Jinping a Mao Zedong.
Sputnik

As relações sino-australianas têm se deteriorado desde 2020, após Pequim ter imposto taxas no valor de 80% às importações australianas, em resposta ao pedido pela Austrália de uma investigação internacional sobre as origens da COVID-19.

Em 2019, a China era o maior parceiro comercial da Austrália, representando cerca de 27,4% de todas as trocas comerciais de Camberra, segundo o Departamento das Relações Exteriores e Comércio (DFAT, na sigla em inglês) da nação do Pacífico.

Em uma entrevista ao jornal Weekend Australian na sexta-feira (2), Kenyon afirmou que a Austrália "precisa começar a se desvincular economicamente da China ou, pelo menos, a limitar a sua exposição à economia chinesa".

Segundo o ex-ministro, tudo teria começado quando Xi Jinping tomou definitivamente o poder e, desde então, "o Partido Comunista Chinês [PCC] tem se tornado mais agressivo, mais hostil, e mais propenso a interferir em assuntos em outros países. O presidente Xi parece ser um comunista genuíno mais próximo do formato de Mao Zedong do que de Jiang Zemin [antigo presidente chinês]. Isto não é positivo para nós," declarou Kenyon.

Mao Zedong foi o fundador da República Popular da China (RPC) e dirigiu o PCC desde o estabelecimento do mesmo, em 1949, até a sua morte em 1976. Mao é também conhecido por ser o lançador da Revolução Cultural no país na década de 1960, afirmando sua autoridade sobre o governo chinês.

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