Estudo: danos superarão benefícios no aumento de impostos em novo plano de infraestrutura de Biden

Aumento de impostos sobre as sociedades previsto pelo plano de orçamento trilionário de Biden pode causar danos à economia norte-americana e superar os benefícios da proposta, afirma novo estudo emitido pelo think tank Tax Foundation.
Sputnik

De acordo com o estudo lançado no final de março, o investimento federal não levará tantas receitas como o investimento privado de "5% contra 10%".

"Um dólar [cerca de R$ 6] de gastos federais resulta apenas em US$ 0,67 [cerca de R$ 4] do valor do investimento real porque as entidades dos setores estaduais, locais e privados reduzem seus gastos em resposta aos dólares federais", disse o presidente do think tank, Scott A. Hodge.

"O investimento federal financiado por dívidas ou impostos poderia levar a mais danos econômicos do que benefícios, já que empréstimos federais e impostos afastam investimento privado. A fim de evitar prejuízo na economia, os investimentos federais devem ser financiados pelas reduções em outros programas discricionários", segundo Hodge.

O think tank notou que, em média, os retornos sobre o investimento federal são mais lentos do que os retornos sobre o investimento privado, uma vez que a maioria dos investimentos privados se foca em capital físico, enquanto a maioria dos investimentos governamentais não defensiva é geralmente dirigida para educação, pesquisas e desenvolvimento.

"O efeito líquido é que 'o aumento de US$ 1 no investimento federal reduz investimento pelas entidades estaduais, locais e privadas por um terço de dólar'. Em outras palavras, quando o governo federal investe US$ 1, organizações não federais reduzem seu investimento em US$ 0,33 [cerca de R$ 2], o que deixa um investimento líquido de US$ 0,67, não o US$ 1 total", diz a declaração do Tax Foundation.

O estudo do think tank concluiu que "a economia seria melhor se os US$ 2 trilhões [cerca de R$ 11,33 trilhões] em impostos que o presidente Biden quer financiar em seu pacote ficassem nas mãos do setor privado."

Na semana passada, Joe Biden propôs um plano para destinar US$ 2,25 trilhões (cerca de R$ 12,68 trilhões) à renovação de infraestrutura dos Estados Unidos, um passo que se dá "uma única vez em uma geração" e representa "o maior investimento em empregos nos EUA desde a Segunda Guerra Mundial".

A soma necessária para financiar o plano ambicioso seria investida durante oito anos e procederia do aumento de imposto sobre as sociedades. O presidente norte-americano planeja elevá-lo até 28%. No entanto, o abrangente plano de infraestrutura enfrentou oposição de muitos, em particular, de legisladores republicanos e do ex-presidente, Donald Trump, que qualificou o plano como "grande dádiva" para a China.

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