Nesta terça-feira (6), o secretário de Estado dos Estados Unidos, Antony Blinken, agradeceu através de comunicado ao presidente da Colômbia, Iván Duque, pela "aliança multifacetada" que ambos os governos alcançaram e destacou o "compromisso comum" que têm "com a restauração da democracia e do Estado de Direito na Venezuela".
A divulgação do comunicado, pelo Departamento de Estado dos EUA, acontece em um momento em que a zona de fronteira colombiano-venezuelana é palco de conflitos entre soldados das Forças Armadas Nacionais Bolivarianas (FANB) e grupos irregulares colombianos. Os confrontos no estado fronteiriço de Apure decorrem há mais de duas semanas.
Em uma ligação com o presidente Iván Duque, o secretário Blinken agradeceu os esforços da Colômbia para restaurar a democracia e o Estado de Direito na Venezuela. A parceria de longa data entre os EUA e a Colômbia é uma força para a prosperidade.
"O secretário e o presidente Duque expressaram seu compromisso comum com a restauração da democracia e do Estado de Direito na Venezuela e com os esforços da Colômbia para promover a democracia em toda a região", diz o texto.
Blinken conversou por telefone com Duque na segunda-feira (5) e reiterou o compromisso de Washington de continuar uma "estreita cooperação em matéria de segurança, desenvolvimento rural e luta contra o narcotráfico para apoiar a paz na Colômbia". O secretário de Estado também agradeceu "a decisão do governo do presidente Duque de conceder um estatuto de proteção temporária aos mais de 1,7 milhão de migrantes venezuelanos na Colômbia".
O endosso norte-americano ao presidente colombiano ocorre enquanto Caracas acusa Bogotá de abandonar deliberadamente a fronteira para facilitar as operações do narcotráfico e sinaliza que Washington financiaria grupos irregulares na tentativa de "terceirizar" um conflito armado.
Por conta da situação em Apure, a Venezuela envolveu a Organização das Nações Unidas (ONU), o Conselho de Segurança, o secretário-geral António Guterres e o governo do México, que ocupa a presidência da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (CELAC), para tentar abrir um canal de comunicação com a Colômbia dada a aparente recusa do país em cooperar em uma estratégia conjunta na região.