Bolsonaro criticou os reajustes nos preços e disse ser "inadmissível" o aumento no gás natural anunciado pela Petrobras. As informações foram publicadas pelo portal G1.
"É inadmissível anunciar o reajuste de 39% do gás [natural]. Que acordos foram esses? Que contratos são esses? Foram feitos pensando no Brasil pelo período de três meses. Não vou interferir. A imprensa vai dizer o contrário. Mas podemos mudar essa política de preços lá", afirmou.
Na segunda-feira (5), a Petrobras informou que vai aumentar a partir de 1º de maio os preços de venda de gás natural para as distribuidoras. A alta será de 39% em R$/m³, com relação ao último trimestre.
Bolsonaro participou da cerimônia de posse do novo diretor-geral brasileiro de Itaipu, o general João Francisco Ferreira, realizada em Foz do Iguaçu, no Paraná.
"Vocês [consumidores] precisam saber quanto o governo federal arrecada de imposto em cada combustível e quanto os governos estaduais recebem de impostos dos mesmos combustíveis. Isso é pedir muito? A previsibilidade é para vocês consumidores", disse.
Segundo Bolsonaro, o projeto deve ser colocado em pauta na Câmara em um prazo de 15 a 20 dias.
"Estou querendo interferir em uma estatal, na política de preços ou estou querendo transparência dessa estatal?", questionou o presidente.
Em fevereiro, Bolsonaro decidiu indicar o general Joaquim Silva e Luna para substituir Roberto Castello Branco na presidência da Petrobras porque se mostrou insatisfeito com o reajuste do diesel e da gasolina.
"Pelo projeto de lei queremos que o valor do imposto não seja único para os combustíveis em todo o Brasil, mas que seja um valor fixado em cada estado e cada governador se responsabilize, junto com o presidente, no valor cobrado de imposto de cada item", concluiu Bolsonaro.