Notícias do Brasil

Estudo indica que CoronaVac é efetiva contra variante brasileira do coronavírus

Uma pesquisa realizada pelo grupo Vebra COVID-19 junto aos trabalhadores de saúde de Manaus (AM), onde a variante P.1 é predominante, indicou que a vacina CoronaVac tem 50% de efetividade em prevenir a COVID-19 após 14 dias da primeira dose.
Sputnik

O resultado do estudo foi divulgado nesta quarta-feira (7) pelo jornal Folha de São Paulo. Os pesquisadores analisaram 67.718 trabalhadores de saúde que receberam a primeira dose do imunizante desenvolvido pelo laboratório chinês Sinovac e vivem e trabalham em Manaus, justamente porque a nova cepa do SARS-CoV-2 se tornou predominante na capital amazonense.

A pesquisa agora está coletando os dados relativos à efetividade depois de 14 dias da segunda dose, e deverá divulgar os resultados nas próximas semanas. O infectologista da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Julio Croda, que coordena o estudo, disse à Folha de São Paulo que os "resultados são encorajadores".

"Eles mostram que a CoronaVac segue sendo efetiva para a nova variante do Brasil e poderá ser usada no mundo todo para preveni-la”, disse Croda, que fez questão de ressaltar que o imunizante tem efetividade de 50% para prevenir casos sintomáticos da COVID-19.    
Estudo indica que CoronaVac é efetiva contra variante brasileira do coronavírus

O estudo de efetividade vacinal avalia o impacto real da vacinação na redução de casos, mortalidade e hospitalizações por uma determinada doença, e é diferente de eficácia, que é a capacidade do imunizante prevenir a enfermidade.

De acordo com o pesquisador da Fiocruz, o Vebra COVID-19 agora vai avaliar a efetividade dos imunizantes CoronaVac e Oxford/AstraZeneca em idosos das cidades Manaus, Campo Grande (MS) e de todo o estado de São Paulo. 

O Vebra COVID-19 é integrado por pesquisadores de instituições do Brasil e do exterior, como Fiocruz, Universidade Federal do Mato Grosso do Sul (UFMS), Universidade de Brasília (UnB), Barcelona Institute for Global Health (Espanha), Yale School of Public Health (EUA), Stanford Medicine (EUA)  e Universidade da Flórida (EUA), e por servidores das secretarias estaduais e municipais de saúde dos estados de Amazonas e São Paulo. Além disso, a pesquisa conta com o apoio da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS).

Comentar