Dentre tantos problemas causados pela pandemia da COVID-19, o FMI acredita que as instituições que apresentaram lucros nos últimos anos devem "mostrar solidariedade aos que foram mais afetados" pelo coronavírus.
A entidade defendeu que um imposto temporário ajudaria a reduzir as desigualdades sociais que foram exacerbadas e expostas pela crise econômica dos últimos dois anos.
As declarações são de Vitor Gaspar, chefe de assuntos fiscais do FMI, e foram feitas ao jornal Financial Times nesta quarta-feira (7). Ele acredita que um aumento simbólico na tributação daqueles que prosperaram no ano passado fortaleceria a coesão social.
"Os países devem considerar esta política, pois ajudaria a aumentar a percepção de seus cidadãos de que todos contribuem para o esforço necessário para a recuperação ante a COVID-19", disse ele.
Um imposto especial sobre lucros excedentes para empresas que obtiveram retornos excepcionalmente altos em 2020 também deve ser considerado, disse o representante da entidade.
"O impacto simbólico desse tipo de contribuição às vezes é muito importante. Normalmente, eles ocorrem em circunstâncias muito excepcionais, onde a solidariedade social desempenha um papel particularmente forte", disse Gaspar.