"Uma vez instalada, vou permitir todas as condições para se dar segurança àqueles que ali estarão, segurança de saúde, inclusive, e permitir que funcione bem e chegue às conclusões necessárias de uma CPI", disse Pacheco em entrevista ao jornal Folha de S.Paulo.
Nesta quinta-feira (8), o ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou a instalação da CPI para investigar a atuação do governo federal na pandemia.
"Não vou trabalhar um milímetro para mitigar a CPI, nem para que não seja instalada, nem para que não funcione. Eu considero que a decisão judicial deve ser cumprida", afirmou o presidente do Senado.
Na manhã desta sexta-feira (9), o presidente Jair Bolsonaro atacou a decisão do magistrado, afirmando que "falta coragem moral" a Barroso e "sobra ativismo judicial".
Pacheco criticou a postura do presidente. Para ele, o discurso negacionista de Bolsonaro "não contribui" no combate ao vírus no país.
"O comportamento que se prega o negacionismo de quem quer que seja no Brasil não contribui para o enfrentamento à pandemia", disse.
O presidente do Senado apontou ainda o que considera erros do governo federal após mais de um ano de COVID-19 no Brasil.
Além do atraso na aquisição e distribuição de imunizantes, ele citou problemas de planejamento de leitos de UTI, de fornecimento de oxigênio e na política externa "para garantir de maneira mais rápida os insumos da vacina e os medicamentos necessários".
Segundo Pacheco, a CPI será instalada na próxima sessão do Senado, que deverá ocorrer na terça-feira (13).