Enquanto a Índia enfrenta mais uma escalada de casos da COVID-19, o governo de Narendra Modi prepara medidas para mitigar as consequências da pandemia.
Além da proibição das exportações do Remdesivir, empresas foram solicitadas a aumentar a produção do medicamento, e todos os fabricantes locais de Remdesivir foram aconselhados a exibir em seus sites os detalhes de seus estoques.
Com isso, as autoridades locais foram orientadas a coibir desgastes desnecessários do remédio, assim como fiscalizar seus estoques. O governo indiano também instou a polícia a buscar ações mais eficazes para conter as vendas do Remdesivir no mercado ilegal.
Na Índia, as autoridades culpam as aglomerações e a relutância da população em usar máscaras pelo forte aumento de casos. Os casos de COVID-19 chegaram a 152.879 neste domingo (11), o sexto recorde de infecções diárias em sete dias, escreve o Times of India.
O que diz a OMS?
A Organização Mundial de Saúde (OMS) emitiu uma recomendação condicional em novembro contra o uso de Remdesivir em pacientes hospitalizados, dizendo que não havia evidências de que o remédio melhorava a chance de sobrevivência.
Apesar desta descoberta, muitos países, incluindo a Índia, continuaram a utilizá-lo. Em março, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou o uso do Remdesivir para o tratamento da COVID-19 no Brasil.
O remédio é indicado para pacientes com mais de 12 anos e mais de 40 quilos que estão com pneumonia e necessitam de suplemento de oxigênio mas que ainda não estejam em ventilação mecânica. O objetivo é impedir a replicação do vírus.