Nesta terça-feira (13), Taiwan lançou o novo navio de guerra anfíbio Yu Shan, batizado em homenagem à montanha mais alta da ilha, sendo o primeiro do novo programa de Taipé de construção naval para modernizar as Forças Armadas do país, de acordo com a agência Reuters.
O navio, construído pela CSBC Corporation Taiwan, empresa apoiada pelo Estado, entrará em serviço no próximo ano e será armado com um canhão para uso contra alvos aéreos e de superfície, mísseis antiaéreos e armas antiaéreas e antimísseis de tiro rápido Phalanx.
A presidente taiwanesa Tsai Ing-wen presidiu a cerimônia de lançamento da primeira de uma série de embarcações destinadas para defender a ilha contra as ameaças chineses no estaleiro da cidade portuária de Kaohsiung.
"Acredito que este navio certamente fortalecerá a capacidade da Marinha para cumprir sua missão e consolidar ainda mais nossas defesas", disse a presidente.
Tsai Ing-wen chamou o lançamento da nova linha de navios de transporte de dez mil toneladas de "um marco importante para a construção naval nacional em nosso país", segundo o portal ABC News.
Além de ser um navio de guerra anfíbio com espaço para desembarque de aeronaves e helicópteros, a embarcação também será usada para transportar os bens de Taiwan no disputado mar do Sul da China e no mar alto da ilha de Taiwan, que fica perto da costa chinesa, revelou o chefe da CSBC, Cheng Wen-lung.
"Durante tempos de guerra, [o navio] terá uma missão de guerra anfíbia, trazendo reforços e lutando para retomar ilhas no mar alto", afirmou Cheng Wen-lung.
A embarcação tem um "exterior furtivo" e proteção contra pulso eletromagnético, disse o chefe da CSBC.
"[O navio] pode realizar várias missões de batalha por conta própria no mar durante tempo longo", acrescentou.
A China considera Taiwan uma província separatista e nunca renunciou ao uso da força para colocar a ilha sob seu controle. Na segunda-feira (12), ao menos 25 aviões da Força Aérea chinesa entraram na zona de identificação aérea de Taiwan. Antes disso, em 5 de abril, um grupo de navios chineses, liderado pelo porta-aviões Liaoning, realizou exercícios de rotina nas águas próximas de Taipé, no estreito de Miyako.