Na celebração do Kumbh Mela, os hindus se mancham de cinzas e mergulham no rio considerado sagrado, na esperança de lavar seus pecados. Enquanto grandes multidões se dirigiam ao rio, as autoridades de saúde tiveram que retirar uma equipe de testes para diagnosticar a COVID-19.
"Mudamos nossa equipe de amostragem para evitar uma situação de debandada. E é claro que esperamos que os casos aumentem", disse à Reuters S.K. Jha, oficial médico chefe da cidade de Haridwar, no norte da Índia, onde o evento está sendo realizado.
A polícia disse que 650 mil devotos tomaram banho no rio desde a manhã de quarta-feira (14). Em algumas áreas, a polícia aplica multas em pessoas que não observam o distanciamento social.
As infecções na cidade já saltaram para mais de 500 por dia desde que o Kumbh Mela começou oficialmente neste mês. No mês passado, a taxa era de apenas 30.
O cineasta indiano Ram Gopal Varma se manifestou pelo Twitter sobre as aglomerações em Haridwar.
O que você está vendo não é Kumbh Mela, mas uma bomba atômica de COVID-19. Eu me pergunto quem será responsabilizado por esta explosão viral.
Os novos casos de COVID-19 na Índia atingiram um recorde de 184.372 nas últimas 24 horas, mais que o dobro do número no início do mês.
O governo do primeiro-ministro Narendra Modi, no entanto, se recusou a cancelar o festival que está programado para durar o mês inteiro, possivelmente temendo uma reação dos líderes religiosos no país de maioria hindu.