Polícia foi ordenada a não usar 'ferramentas mais poderosas' em ataque ao Capitólio, diz relatório

Os agentes da Polícia do Capitólio dos EUA foram orientados por seus líderes a não usarem suas táticas mais agressivas para bloquearem a multidão que atacou o edifício do Congresso em 6 de janeiro, apesar de saberem previamente sobre a possível invasão, conforme o relatório de inspetor-geral.
Sputnik

Em seu relatório, o inspetor-geral da Polícia do Capitólio, Michael Bolton, criticou como a agência se preparou e respondeu à violência dos apoiadores do então presidente norte-americano, Donald Trump, segundo citado no jornal The New York Times na terça-feira (13).

Bolton revelou que os chefes da agência "ordenaram a sua Unidade de Pertubação Civil que evitasse usar suas ferramentas mais poderosas de controle de multidão, como granadas de choque, para acabar com o ataque", de acordo com a mídia.

A inteligência da Polícia do Capitólio advertiu três dias antes sobre a invasão dos apoiadores de Trump que acreditavam em suas falsas alegações de que a eleição presidencial de 2020 havia sido roubada.

Além disso, o Departamento de Segurança Interna alertou à agência de que tinha encontrado um mapa do sistema de túneis do edifício do complexo do Congresso postado em fóruns de trumpistas.

No entanto, Bolton descobriu que quando um plano de operações foi escrito dois dias depois, os chefes disseram que não havia "nenhuma ameaça conhecida específica relacionada à sessão do Congresso".

Michael Bolton vai testemunhar na quinta-feira (15) perante o Comitê da Administração da Câmara sobre a invasão de 6 de janeiro.

Em 6 de janeiro de 2021, trumpistas invadiram o Capitólio na tentativa de boicotar uma sessão do Congresso dedicada à certificação dos resultados da última eleição presidencial. Além de depredarem o edifício, os invasores passaram horas confrontando a polícia, ocasionando a morte de um policial e de quatro manifestantes.

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