Segundo um comunicado publicado nesta quinta-feira (15) pelo Departamento de Estado dos EUA, o secretário Antony Blinken afirmou que a "ordem executiva […] outorga autoridade ao governo dos Estados Unidos para expandir as sanções contra a dívida soberana da Rússia quando for necessário".
Hoje [15], os Estados Unidos tomaram uma ação ampla contra o governo russo em resposta a seus atos prejudiciais. Continuaremos a responsabilizar a Rússia por suas ações hostis.
A ordem executiva do presidente Biden proíbe que as instituições financeiras dos Estados Unidos realizem transações no mercado primário de títulos denominados em rublo ou não rublo, emitidos após 14 de junho de 2021 pelo Banco Central da Federação da Rússia, pelo Fundo Nacional de Riqueza da Federação da Rússia, ou pelo Ministério das Finanças da Federação da Rússia.
Washington aplicou nesta quinta-feira (15) um total de 32 sanções contra cidadãos e entidades da Rússia, devido à suposta interferência de Moscou nas eleições norte-americanas de novembro do ano passado.
Além disso, os EUA sancionaram oito pessoas relacionadas com a Crimeia, em um movimento orquestrado com outros países aliados de Washington. O presidente Joe Biden também declarou como emergência nacional as atividades "prejudiciais" da Rússia.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia, por sua vez, afirmou em resposta que é inevitável retaliar o comportamento agressivo de Washington, e convocou o embaixador norte-americano em Moscou, John Sullivan, para prestar esclarecimentos sobre as sanções.
"O Ministério das Relações Exteriores da Rússia convocou o embaixador dos EUA. Nós compartilharemos com vocês informações adicionais como resultado desta conversa, que será muito dura para o lado americano", afirmou Maria Zakharova, representante oficial do MRE russo.