Ex-funcionários da administração de Donald Trump, ex-presidente dos EUA, abriram na terça-feira (13) o Instituto de Política América Primeiro (AFPI, na sigla em inglês), uma organização sem fins lucrativos do ex-presidente dos EUA, quase três meses depois de Trump deixar o cargo.
"Empregos primeiro", "oportunidades primeiro", "segurança primeiro", "liberdade primeiro" e "inovação primeiro" estão entre as "prioridades" da entidade sem fins lucrativos, indica seu portal.
"O Instituto de Política América Primeiro é aberto para continuar as mudanças transformadoras que aconteceram nos últimos quatro anos", disse Brooke Rollins, presidente e CEO da organização, e que atuou como diretora do influente Conselho de Política Doméstica na administração anterior.
"Sabemos o que é a abordagem interna; é um fracasso. É a abordagem de fora que vence, e nós a vimos em primeira mão."
De acordo com o portal do instituto, cuja criação era planejada desde dezembro de 2020, a equipe é composta por 35 membros, incluindo alguns dos funcionários sêniores e membros do antigo gabinete de Trump.
Linda McMahon, que participou do gabinete de Trump como administradora da Administração de Pequenas Empresas, é a presidente do conselho. Larry Kudlow, assessor econômico de Trump e apresentador do canal Fox Business, é o vice-presidente do AFPI.
Rick Perry, ex-secretário de Energia, que dirige o Centro para Independência de Energia, e Paula White, assessora espiritual de Trump, que dirige o Centro para Valores Americanos, são outros ex-membros da administração Trump no think tank.
John Ratcliffe, ex-diretor de Inteligência Nacional presidirá a seção de segurança nacional do AFPI, que também incluirá Keith Kellogg, tenente-general do Exército e ex-assessor de segurança nacional de Mike Pence, ex-vice-presidente dos EUA.
O portal Axios também informou que entre os membros estará Ivanka Trump, filha de Trump, junto com seu marido Jared Kushner, ambos ocupando cargos de assessores informais. Com um orçamento de US$ 20 milhões (R$ 113,1 milhões) para o primeiro ano, é a maior organização de Donald Trump até o momento, de acordo com o relatório.
Rollins informou que o grupo quer ser de "sonhadores e [...] de quem se arrisca", depois que ela se encontrou na semana passada com Trump em Mar-a-Lago, Flórida, para lhe relatar sobre os planos do grupo, adiantando ainda que espera que o orçamento do instituto duplique em 2022 e chegue a US$ 40 milhões (R$ 226,2 milhões).
O Axios relata ainda que o AFPI espera ocupar um grande espaço de escritórios perto do Capitólio dos EUA nos próximos meses como um sinal de que lutará para ser "um núcleo musculoso e bem alimentado do futuro do conservadorismo" norte-americano, e que planeja abrir escritórios em Fort Worth, no Texas, Miami e Nova York.