Nesta quinta-feira (15), em declaração de tom irônico publicada pelo porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, em seu Twitter, Pequim aumenta a pressão sobre o plano do Japão de liberar água da usina nuclear de Fukushima no oceano.
"Os políticos japoneses disseram que a água residual tratada é 'inocente'. Por que eles não bebem, cozinham e lavam roupas com a água primeiro?", questionou o porta-voz na publicação.
Os políticos japoneses disseram que a água residual tratada é "inocente". Por que eles não bebem, cozinham e lavam roupas com a água primeiro? Devem garantir que os frutos do mar não sejam contaminados, aceitarem o conselho da AIEA e estabelecerem um grupo de trabalho técnico com a China e a ROK para fazer a avaliação.
O plano de Tóquio anunciado na terça-feira (13) de liberar as águas residuais no oceano Pacífico, foi duramente criticado pela China, Taiwan, Coreia do Sul e Coreia do Norte. Na divulgação do programa, o vice-primeiro-ministro japonês, Taro Aso, afirmou que a água "parecia segura o suficiente para beber", de acordo com a Bloomberg.
Mesmo após dez anos, quando um tsunami abateu o Japão causando a destruição da usina nuclear, os EUA ainda mantêm restrições à importação de alguns produtos alimentícios da região devido à potencial contaminação radioativa, segundo a mídia.
Na quinta-feira (15), a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) divulgou que está planejando enviar uma equipe internacional de especialistas ao país asiático devido às preocupações com o despejo da água.
O diretor-geral da AIEA, Rafael Mariano Grossi, afirmou "que as preocupações expressas por residentes locais e por países vizinhos, como a Coreia do Sul e a China, não podem ser ignoradas", acrescentando que a agência considerará incluir especialistas desses mesmos países, como a Coreia do Sul, em sua equipe.
Na terça-feira (13), o primeiro-ministro japonês, Yoshihide Suga, anunciou que o país despejará no oceano a água procedente da usina nuclear japonesa. Aproximadamente 1,25 milhão de toneladas de águas contaminadas estão armazenadas em mais de mil cisternas próximas à usina nuclear de Fukushima.