Eles realizaram o pedido em nome do Fórum dos Governadores, grupo criado para traçar ações conjuntas de combate ao coronavírus, por meio de videoconferência com a secretária-geral adjunta da ONU, Amina Mohamed.
"São 11 estados em que pacientes estão internados e faltam analgésicos, sedativos, em alguns lugares oxigênio. Ou seja, há necessidade de a ONU dar essa ajuda humanitária nessa direção", afirmou, em entrevista coletiva após a reunião, o governador do Piauí, Wellington Dias (PT), coordenador dos temas ligados à vacina no fórum.
Segundo Dias, o ideal era que o governo federal se reunisse com a ONU por mais vacinas e remédios, já que tem uma estrutura diplomática.
Porém, ele explica que, como o governo não se mobilizou neste sentido, os governadores resolveram tomar a iniciativa.
"Desde o começo, nós colocamos claramente: 'Nós queremos o presidente da República, queremos o ministro da Saúde na coordenação nacional'. O que esperamos? O presidente da República fazer essa relação. Por que nós estamos indo à ONU? Porque o presidente da República, que era para ir, não foi. Nós estamos buscando", disse o governador.
Os governadores enviaram à secretária da ONU uma carta com cinco pontos para a entidade ajudar o país no combate à pandemia. O primeiro deles é que seja cumprido o cronograma do consórcio internacional COVAX Facility na distribuição de imunizantes.
Além disso, o grupo pediu que a ONU dialogue com a União Europeia, a Índia e a China para que o Brasil tenha prioridade na entrega de ingrediente farmacêutico ativo (IFA) para novas vacinas e que atue junto à AstraZeneca e ao laboratório chinês Sinovac para antecipar a produção do composto no Brasil.
O fórum também solicitou que a ONU atue para que os Estados Unidos vendam ou emprestem as vacinas da AstraZeneca que possuem estocadas e que a entidade ajude o Brasil a obter medicamentos e sedativos utilizados para a sedação e intubação de pacientes.