A carta foi assinada pelo presidente da Comissão de Dotações Orçamentárias, Patrick Leahy, pelo presidente da Comissão de Relações Exteriores, Bob Menéndez, e pelos ex-candidatos à presidência Bernie Sanders e Elizabeth Warren, entre outros.
Além disso, os senadores advertem que a falta de medidas para frear o desmatamento afetará o apoio de Washington para a pretensão do Brasil de ingressar na Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), que é um dos principais objetivos da política externa de Bolsonaro.
A próxima Cúpula de Líderes sobre o Clima apresenta ao governo do Brasil uma escolha clara e urgente: continuar a fazer parte do problema ou reverter o curso e se tornar um líder na proteção da Amazônia e no combate às mudanças climáticas. Veja nossa carta ao presidente Biden.
Na carta, os 15 senadores colocam em dúvida a credibilidade do presidente brasileiro, ao assinalar que sua retórica e as medidas de seu governo "deram luz verde aos criminosos perigosos que operam no Amazonas, o que lhes permite ampliar drasticamente as suas atividades".
"[A cooperação entre Brasil e Estados Unidos] só pode ser possível se o governo de Bolsonaro começar a levar a sério os compromissos climáticos do Brasil e somente se proteger, apoiar e demonstrar sério comprometimento com os brasileiros que possam ajudar o país a cumpri-los", acrescentaram os senadores.
Está previsto que, nos próximos dias, Biden e outros chefes de governo, entre eles Bolsonaro, participem de uma reunião de cúpula para tratar da questão climática internacional, que foi uma das principais promessas de campanha do chefe de Estado norte-americano durante as eleições presidenciais de 2020.