EUA ordenam que diplomatas deixem o Chade após rebeldes se aproximarem da capital

O Departamento de Estado dos EUA ordenou neste sábado (17) que todos os funcionários não essenciais da missão diplomática no Chade devem deixar o país devido a possíveis ataques insurgentes na capital, N'Djamena.
Sputnik

Além do pessoal não essencial da embaixada, o Departamento de Estado dos EUA determinou que as famílias dos funcionários norte-americanos deixem o país africano porque os grupos armados estão aparentemente se dirigindo para a capital.

"Grupos armados não governamentais no norte do Chade estão se movimentando rumo ao sul e indicam que estão se deslocando em direção a N'Djamena", informou o departamento em seu alerta de viagens.

Chade. Em 17 de abril de 2021, o Departamento [de Estado] ordenou a saída de funcionários não essenciais da embaixada norte-americana em N'Djamena devido a distúrbios civis e violência armada.

"Dada a proximidade dos rebeldes de N'Djamena, e a possibilidade de violência na cidade, todos os funcionários não essenciais do governo norte-americano foram ordenados a deixar o Chade através da aviação comercial'', acrescentou o Departamento de Estado.

A chancelaria dos EUA já vinha alertando os seus cidadãos a não viajarem ao Chade por causa de distúrbios e pela presença do grupo jihadista Boko Haram (organização proibida na Rússia e em outros países). Agora, o Departamento de Estado afirma que qualquer norte-americano que estiver no país deve aproveitar os voos comerciais para sair, pois o governo do Chade pode impor restrições de viagem sem aviso prévio.

O Chade é um Estado sem acesso ao mar, localizado no centro-norte da África. O país abriga cerca de meio milhão de refugiados de nações vizinhas, como Sudão, Nigéria e República Centro-Africana, enquanto outros 330.000 chadianos são considerados deslocados internos, a maioria deles na região instável do lago Chade, onde estão ativos os militantes do Boko Haram.

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