A declaração de Lukashenko foi publicada pela agência de notícias estatal BelTA, neste sábado (17). De acordo com a agência, Lukashenko disse que um recente exame de sangue feito por ele mostrou uma quantidade suficiente de anticorpos após a doença. O chefe de Estado disse ainda que nunca foi vacinado contra a gripe.
Em julho de 2020, o líder bielorrusso disse que, de acordo com seus médicos, contraiu uma forma assintomática do novo coronavírus. No final de dezembro do ano passado, Lukashenko anunciou que não planejava ser vacinado, observando que se considerava "cético" quanto à vacinação. Apesar disso, no final de março deste ano, Lukashenko não descartou a possibilidade de receber a vacina quando "chegasse a hora" e expressou esperança de que ainda tinha anticorpos.
Questionado sobre a situação da COVID-19 no país, Lukashenko garantiu que os casos estão sob controle, acrescentando que o nível de incidência ainda é menor que o esperado. Na sexta-feira (16), o país registrou 1.516 casos da doença e dez mortes, ainda sob os efeitos do aumento de casos a partir do final do ano passado.
Segundo Lukashenko, a Bielorrússia lançou a produção da vacina russa Sputnik V contra a COVID-19 e produz vacinas suficientes para, pelo menos, proteger temporariamente a população. Na sexta-feira (16), o ministro da Saúde da Bielorrússia, Dmitry Pinevich, recebeu a primeira dose da vacina Sputnik V fabricada no país. Além dele, entre as autoridades bielorrussas, a ministra do Trabalho e Segurança Social, Irina Kostevich, também foi vacinada com o imunizante russo.
Conforme dados da Universidades Johns Hopkins, a Bielorrússia tem um total de 342.923 casos confirmados de COVID-19 e 2.413 mortes causadas pela doença. A vacinação também está em curso no país e, segundo levantamento do site Our World in Data, a Bielorrússia vacinou cerca de 92 mil pessoas com pelos menos uma dose de vacina contra a COVID-19, o equivalente a quase 1% da população.