Ministra francesa: é 'altamente provável' que UE não renove contrato com AstraZeneca e J&J

Chefe da Comissão Europeia defendeu esta semana que a Pfizer/BioNTech "provou ser um parceiro de confiança, que honrou os seus compromissos e responde às necessidades", ao contrário da farmacêutica AstraZeneca.
Sputnik

A ministra da Indústria da França, Agnès Pannier-Runacher, afirmou na sexta-feira (16) que acredita que será altamente improvável que a União Europeia (UE) busque novos contratos com as farmacêuticas AstraZeneca e a Johnson & Johnson (J&J) para as vacinas contra a COVID-19, mas garante que as discussões com a Pfizer/BioNTech e Moderna já começaram.

"A decisão não está clara hoje, mas posso dizer que não iniciamos as discussões com a AstraZeneca e com a Johnson & Johnson para um novo contrato, onde já iniciamos as discussões para contratos com a Pfizer/BioNTech e com a Moderna", disse Pannier-Runacher à emissora francesa BFMTV, acrescentando que é "altamente provável" que a UE opte por não renovar contratos com as farmacêuticas AstraZeneca e com J&J.

As vacinas da AstraZeneca e da J&J foram associadas a casos raros de coagulação do sangue, que em alguns casos foram fatais.

Vários países da UE restringiram o uso do inoculante da AstraZeneca, enquanto a Dinamarca parou de usá-lo completamente. O bloco ainda não começou a utilizar a vacina da J&J e a data de início foi suspensa enquanto ocorre uma revisão.

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Mais 50 milhões de vacinas

Na quarta-feira (14), a chefe da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, anunciou que os Estados da UE receberiam mais 50 milhões de vacinas da Pfizer/BioNTech contra o novo coronavírus do que o planejado durante o segundo trimestre de 2021.

Von der Leyen, defendeu que a Pfizer/BioNTech "provou ser um parceiro de confiança, que honrou os seus compromissos e responde às necessidades", ao contrário do que aconteceu com a AstraZeneca.

Na sexta-feira (16), a Comissão Europeia pediu à Agência Europeia do Medicamento (EMA) para rever os dados sobre a AstraZeneca, para garantir uma "abordagem coerente e unificada" na UE.

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