"É uma grande vitória, a vitória de Cabo Verde", disse Ulisses Correia e Silva, citado pela agência de notícias France-Presse, enquanto os seus apoiadores se reuniam diante do quartel-general de seu partido em Praia, a capital do país lusófono.
"Nós fomos bem sucedidos em convencer os cabo-verdianos sobre a condução correta do governo em tempos muito difíceis e da correção de nossas propostas para o futuro", acrescentou, segundo a AFP.
De acordo com os resultados de 95% das seções de votação apuradas pela comissão eleitoral, o partido do líder de 58 anos, Movimento para a Democracia (MpD), que está no poder desde 2016, tinha 36 dos 72 assentos da Assembleia Nacional do pais até o final da noite de hoje (18).
Para conseguir a maioria absoluta, o partido precisa de pelo menos 37 assentos na câmara, o que ainda é possível, pois quatro cadeiras são destinadas à diáspora cabo-verdiana nas Américas, Europa e África, cujos votos ainda não foram contabilizados.
O MpD, contudo, tem uma boa vantagem para o opositor Partido Africano da Independência de Cabo Verde (PAICV), que é liderado pela advogada de 42 anos, Janira Hopffer Almada, e obteve 26 assentos até o momento.
O turismo de estrangeiros corresponde a cerca de um quarto da economia do arquipélago, um setor que foi extremamente prejudicado pela pandemia de COVID-19, que restringiu a vinda de visitantes. Em 2020, o país registrou uma recessão histórica de 14,8%.