"A China deseja usar o espaço para suplantar os EUA como líder econômico e militar global", declarou Dickinson durante uma audiência no Comitê de Serviços Armados do Senado norte-americano nesta terça-feira (20).
Nos últimos 20 anos, Pequim tem desenvolvido tecnologias avançadas para minar as principais vantagens militares dos Estados Unidos, incluindo projeção de poder e disparos de precisão rápidos, globais e com capacidade espacial, acrescentou o militar.
Já o almirante Charles Richard, chefe do Comando Estratégico (STRATCOM, na sigla em inglês), disse para o mesmo comitê do Senado que os EUA só souberam na semana passada que a China desenvolveu uma capacidade de reprodução rápida, permitindo-lhe fazer muito mais ogivas nucleares de plutônio do que as avaliações pensavam ser possíveis.
"Foi apenas na semana passada que tomamos conhecimento de que essa limitação [na produção de ogivas nucleares] mudou em uma direção ascendente", declarou Richard.
O militar explicou que o desenvolvimento de Pequim e a ativação bem-sucedida de um reator reprodutor rápido aumentaram muito sua capacidade, e seu estoque nuclear estava passando por uma expansão sem precedentes. No ritmo atual, a China está bem à frente do necessário para dobrar seu estoque nuclear até o final da década.
"A China também está no caminho certo para atingir sua meta de estabelecer um tripé com armas nucleares separadas por solo, ar e mar até meados da década atual", finalizou o almirante.