Enorme exoplaneta perplexa cientistas ao orbitar 'jovem Sol' 20 vezes mais longe que Júpiter (FOTO)

Uma equipe de astrônomos liderada por cientistas holandeses captou imagens diretas de um planeta gigante, seis vezes maior que Júpiter, orbitando a uma grande distância em torno de uma jovem estrela semelhante ao Sol.
Sputnik

Por que este planeta é tão maciço e como sua localização se encontra a uma distância tão grande da estrela permanece um mistério, escreve o Phys.org.

O planeta em questão é o YSES 2b, e se encontra a 360 anos-luz da Terra em direção à constelação austral da Musca (mosca em latim), e orbita a estrela a uma distância 110 vezes maior do que a Terra está do Sol, ou 20 vezes a distância entre o Sol e Júpiter.

A estrela que acompanha o exoplaneta tem apenas 14 milhões de anos e se parece com nosso Sol no período de sua infância. O estudo foi publicado na revista Astronomy & Astrophysics.

A grande distância entre o planeta e a estrela apresenta um enigma para os astrônomos, pois parece não se encaixar em nenhum dos modelos mais conhecidos para formação de grandes planetas gasosos. Se o planeta tivesse crescido em sua localização atual, longe da estrela por meio da acreção do núcleo, seria pesado demais, porque não há material suficiente para criar um planeta enorme a uma distância tão grande da estrela.

Enorme exoplaneta perplexa cientistas ao orbitar 'jovem Sol' 20 vezes mais longe que Júpiter (FOTO)

Se o planeta foi criado pela chamada instabilidade gravitacional no disco planetário, ele não parece ser suficientemente pesado.

Uma terceira possibilidade é que o YSES 2b tenha se formado perto da estrela por acreção do núcleo, e, em seguida, tenha migrado para longe. No entanto, tal migração exigiria a influência gravitacional de um segundo planeta, que ainda não foi encontrado pelos pesquisadores.

"Ao analisar mais exoplanetas semelhantes a Júpiter no futuro próximo, aprenderemos mais sobre os processos de formação de gigantes gasosos em torno de estrelas semelhantes ao Sol", disse o pesquisador principal do estudo, Alexander Bohn, da Universidade de Leiden, nos Países Baixos.

Os astrônomos conduziram suas observações em 2018 e 2020, usando o Telescópio VLT do Observatório Europeu do Sul (OES, na sigla em inglês) no Atacama, Chile.

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