Em 11 de abril, a instalação de enriquecimento de urânio de Natanz – a principal da República Islâmica - foi atingida por uma explosão alegadamente planejada por forças secretas israelenses, segundos as mídias israelense e norte-americana.
Agora, a nação persa demonstrou que não ficou intimidada. Segundo o porta-voz do governo iraniano, Ali Rabiei, "o início do enriquecimento de urânio a 60% em Natanz foi uma demonstração de nossa capacidade técnica de responder à sabotagem terrorista a estas instalações", citado pela agência Reuters.
Esta porcentagem se aproxima do suficiente requerido para a criação de armas nucleares (85% ou mais), contudo, Teerã continua negando que tenciona fabricá-las.
Porém, o porta-voz iraniano assegurou que "esta medida pode ser rapidamente invertida mediante o regresso aos níveis definidos no acordo nuclear, se os outros membros [do acordo nuclear] cumprirem suas obrigações", citado pela mídia.
Esta situação poderia causar novos atritos e recuos nas conversações entre o Irã e os restantes membros do Plano de Ação Conjunto Global (JCPOA, na sigla em inglês), especialmente com os EUA.
De igual modo, o enriquecimento de urânio a 60% deverá pesar sobre as preocupações de Israel que, por sua vez, acusa a República Islâmica de desestabilizar o Oriente Médio, e garante que não permitirá que Teerã consiga obter armas nucleares.