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Mourão desmente números de ONG, e diz que houve redução no desmatamento na Amazônia

O vice-presidente da República, Hamilton Mourão, mostrou insatisfação com os dados apresentados sobre o desmatamento na Amazônia por uma ONG.
Sputnik

O vice-presidente do Brasil defendeu a transparência e confiabilidade nas estatísticas do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), e disse que "há ONGs que utilizam dados sem a devida fundamentação para divulgar informações sobre a Amazônia".

Por meio de uma série de publicações nas redes sociais, Mourão observou que "a especulação de temas ambientais, amplificado por parte de uma imprensa tendenciosa e de interesses escusos, apenas desconstrói um esforço e o compromisso da implantação de políticas públicas para a melhoria do meio ambiente, em particular com relação a Amazônia brasileira".

Segundo ele, comparando o período entre 19 de agosto e 20 de março, "registra-se uma redução de 19% na área dos alertas de desmatamento".

​Em uma nota publicada no site do governo federal, "o CNAL [Conselho Nacional da Amazônia Lega] ratifica que o valor da área de alertas de desmatamento no mês de março de 2021 foi de 367,61km²", apresentando um aumento de 12%".

"Entretanto, conforme as recomendações do INPE, deve-se realizar comparações entre períodos maiores para obtenção de melhor precisão. Dessa forma, comparando o período de agosto de 2019 a março de 2020 com agosto de 2020 a março de 2021, registra-se uma redução de 19% na área dos alertas de desmatamento", diz o comunicado.

Os comentários em defesa do INPE por parte do vice-presidente do Brasil aconteceram após a repercussão de um levantamento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon). A entidade apontou ontem (19) que o desmatamento na floresta amazônica atingiu em março o pior índice para o mês nos últimos dez anos.

O Imazon projeta que foram 810 km² desmatados da Amazônia Legal, área equivalente à cidade de Goiânia. O total da devastação é três vezes maior do que a área desmatada em março de 2020, quando 256 km² foram subtraídos da floresta.

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