Referindo-se à base naval chinesa que se localiza perto da entrada para o mar Vermelho, o chefe do AFRICOM informou à Comissão das Forças Armadas da Câmara dos Representantes dos EUA que o Exército de Libertação Popular (ELP) estava expandindo suas instalações navais existentes adjacentes para um porto comercial de águas profundas, também de propriedade chinesa, aponta USNI News.
Além disso, segundo o comandante, Pequim está buscando outras opções para construção de bases militares em outros lugares na África.
"Sua primeira base militar no exterior, sua única, está na África, e eles [a China] acabaram de expandi-la adicionando um cais significante, que pode até mesmo no futuro fornecer apoio para seus porta-aviões. Eles estão procurando em todo o continente outras oportunidades [para construção] de bases", declarou Townsend.
A base chinesa foi formalmente inaugurada em 2017, cujo objetivo é apoiar a missão antipirataria de Pequim no largo da costa da Somália no golfo de Áden.
Porém, de acordo com analistas, o país tem expandido as instalações para incluir capacidades que sirvam como um centro de reabastecimento logístico para as embarcações de águas profundas da Marinha da China, tais como o seu novo navio de assalto anfíbio Type 075 ou o segundo porta-aviões totalmente produzido pelo país Type 002.
O pequeno país africano possui bases militares dos EUA, Japão e França, mas nenhuma das bases desses países se compara à base chinesa em tamanho e modernidade. Djibuti, que se situa no extremo leste da África, ocupa uma importante localização estratégica por oferecer acesso fácil à península Arábica, ao golfo Pérsico e ao oceano Índico.
Assim como nos países vizinhos, Djibuti realiza muitos projetos de infraestrutura liderados pela China, e no total existe mais de um milhão de trabalhadores chineses espalhados em todo o continente africano.