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Sem dinheiro e sem home office: classes com menor renda sofrem mais na pandemia no Brasil

Brasileiros com maior renda puderam se proteger mais da pandemia: é o que apontam dados da PNAD COVID-19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio) nesta quarta-feira (21).
Sputnik

Segundo o estudo, 28% dos membros das classes A e B (com renda domiciliar superior a R$ 8.303) puderam alterar o local de trabalho durante a pandemia – passaram a trabalhar em home office, por exemplo.

Este número é muito menor entre as classes com renda mais baixa. Na classe C (com renda entre R$ 1.926 e R$ 8.303), somente 10,3% puderam trocar o local de trabalho. Na classe D e E (renda até R$ 1.926), cerca de 7,5% tiveram essa opção, conforme publicado pela Folha.

Trabalhadores do setor de serviços, como funcionários de supermercados, frentistas, faxineiros e vendedores, são os que menos tiveram poder de escolha: quase 95% deles continuaram trabalhando no mesmo local na pandemia, segundo a pesquisa.

O Rio de Janeiro foi o estado com a maior taxa de trabalhadores que mudaram o local de trabalho por conta da pandemia: 19,55% dos empregados tiveram alteração. São Paulo, com 17,75%, vem logo atrás.

Sem dinheiro e sem home office: classes com menor renda sofrem mais na pandemia no Brasil

A pesquisa mostra também que o estado do Rio de Janeiro foi o mais afetado pela pandemia no mercado de trabalho: a taxa de ocupação dos fluminenses caiu 14,28% em 2020. Na média, a taxa caiu 9,5% no Brasil no mesmo período.

Ceará (com queda de 13,84%), Pernambuco (11,75%), São Paulo (11,32%) e Bahia (11,09%) fecham a lista dos cinco estados que mais tiveram queda na ocupação durante a pandemia.

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