O objetivo é saber os detalhes sobre uma reunião realizada entre o secretário e representantes da farmacêutica Pfizer em agosto do ano passado.
Durante o encontro, o governo brasileiro teria rejeitado a oferta de 70 milhões de doses da vacina contra a COVID-19.
"Só foi possível chegar a essa situação catastrófica por conta dos inúmeros e sucessivos erros e omissões do governo no enfrentamento da pandemia da COVID-19 no Brasil. Falhas na estratégia de comunicação; nas ações de vigilância e mapeamento da pandemia; promoção de tratamentos ineficazes; má gestão das necessidades de leitos de UTIs no país; falhas no planejamento de fornecimento de insumos básicos como oxigênio, medicamentos, EPIs, testes, respiradores; atraso e omissão para a compra de vacinas", afirmou o senador.
Randolfe Rodrigues diz que o Brasil é visto como uma "ameaça sanitária" global e que a organização Médicos sem Fronteiras classificou a situação do Brasil como uma "catástrofe humanitária". As informações foram publicadas pelo portal G1.
A CPI deve ser instalada na próxima terça-feira (27), a partir da eleição do presidente e do vice-presidente e a definição de um plano de trabalho.
A presidência da CPI deve ficar com o senador Omar Aziz (PSD-AM) e a vice-presidência, com Randolfe Rodrigues (Rede-AP). Já o senador Renan Calheiros (MDB-AL) deve ser designado relator.
A vacina da Pfizer é aplicada em vários países e teve o registro definitivo aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em fevereiro. No entanto, as doses do imunizante não chegaram ao Brasil ainda.
Renan Calheiros defendeu que o trabalho da CPI deva se iniciar se debruçando sobre o processo de aquisição de vacinas contra o novo coronavírus.
"Acho que inevitavelmente nós vamos ter que começar pela investigação da aquisição de vacinas, se é verdade ou não que o governo negligenciou", disse.