'Nossa peça dominante': melhoramentos na cabine do F-35 custarão mais de US$ 440 mi, informa mídia

Os caças de quinta geração F-35 norte-americanos terão grandes custos para serem melhorados, tratando-se de uma tarefa "mais complexa do que se pensava originalmente", indica um relatório.
Sputnik

Apesar de Washington conceder em dezembro de 2018 à montadora Lockheed Martin um contrato de US$ 712 milhões (R$ 3,97 bilhões, na conversão atual) para melhorar a cabine do F-35, o custo real para redesenhar o computador da cabine pode chegar a cerca de US$ 1,28 bilhão (R$ 7,13 bilhões), escreveu na terça-feira (20) a agência Bloomberg, citando informações do Escritório de Contabilidade do Governo (GAO, na sigla em inglês) dos EUA.

De acordo com o GAO, a tarefa de atualizar o hardware e software do computador da cabine do caça de quinta geração se tornou uma tarefa "mais complexa do que se pensava originalmente".

Estima-se que cerca de US$ 444 milhões (R$ 2,47 bilhões) do excesso de gastos estão relacionados ao computador da cabine, enquanto os US$ 118 milhões (R$ 657,2 milhões) restantes dizem respeito a tarefas adicionais no F-35 não relacionadas com ele.

Laura Seal, porta-voz do escritório do programa F-35 do Pentágono, contou à mídia que os recentes aumentos de preços "são devidos à conclusão tardia da configuração final do hardware de desenvolvimento, o que está atrasando os testes de software e integração do sistema".

Kenneth R. Possenriede, diretor financeiro da Lockheed Martin, disse aos repórteres na segunda-feira (19) que a empresa considera o F-35 "uma peça dominante da [Lockheed] Aeronautics, independentemente da rapidez com que o resto dos segmentos dessa área de negócios cresçam", apontando que será provavelmente a "peça de crescimento mais rápido" do portfólio da empresa.

Um único F-35 custa atualmente US$ 36.000 (R$ 198.783,50) por hora de voo e tem um custo de vida útil projetado de US$ 1,7 trilhão (R$ 9,39 trilhões), de acordo com a revista Defense News.

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