De acordo com o MRE tcheco, segundo dados de terça-feira (20) na embaixada russa em Praga permanecem 27 diplomatas e 67 funcionários, enquanto na embaixada tcheca em Moscou há cinco diplomatas e 19 funcionários.
Além disso, o país "deu a conhecer aos aliados da OTAN evidências detalhadas da participação de agentes russos do GRU (Departamento Central de Inteligência) na explosão em Vrbetice".
"O ministro tcheco reforçou o pedido aos aliados da OTAN para convocarem os embaixadores russos naqueles países, como forma de protesto contra as atividades destrutivas da Rússia em relação à segurança dos países da aliança, e também pediu assistência prática para a embaixada tcheca em Moscou, que atualmente está paralisada ", diz o comunicado.
Por sua vez, Dmitry Peskov, porta-voz da presidência russa declarou que o Kremlin não vê com bons olhos "todo este histerismo" em torno da Rússia e da República Tcheca.
"Vamos dar oportunidade aos diplomatas de reconsiderarem a sua posição", adicionou.
No sábado (17), o ministro do Interior e das Relações Exteriores da República Tcheca, Jan Hamacek, anunciou a expulsão de 18 diplomatas russos, apontados como presumíveis agentes dos serviços secretos russos. Ao mesmo tempo, Hamacek cancelou a visita prevista à Rússia, onde deveria efetuar negociações para fornecimento da vacina russa Sputnik V.
De acordo com os serviços secretos tchecos, o GRU esteve envolvido na explosão de um depósito de munição em Vrbetice, em 2014.
Em resposta, na noite de domingo (18), a Rússia anunciou a expulsão de 20 diplomatas tchecos e determinou que eles deveriam deixar o país em 24 horas.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia enfatizou que as declarações sobre o alegado envolvimento dos serviços de inteligência da Rússia na explosão em Vrbetice são absurdas e infundadas.