Desde que EUA e Bielorrússia convocaram os seus respectivos embaixadores em 2008, as missões diplomáticas dos dois países têm sido chefiadas interinamente pelos encarregados de negócios.
Em março deste ano, o Departamento de Estado dos EUA notificou Minsk que a nova embaixadora indicada por Washington estava pronta para chegar ao país e assumir seu posto. Entretanto, Fischer assinalou que não poderia entrar na Bielorrússia porque ainda não havia recebido o visto necessário.
Por sua vez, o vice-ministro de Relações Exteriores da Lituânia, Mantas Adomenas, afirmou ontem (21) que os EUA requisitaram oficialmente que Fisher fosse acreditada no país.
"Até que haja condições adequadas, a embaixadora dos EUA designada para a Bielorrússia poderá residir na Lituânia por algum tempo", afirmou o vice-ministro lituano.
Em entrevista publicada pela emissora lituana LRT nesta quinta-feira (22), Fisher confirmou seus planos de assumir o posto em Minsk. A diplomata afirmou que continuará buscando os interesses dos EUA na Bielorrússia e que trabalhará ativamente com Vilnius e com os cidadãos bielorrussos que atualmente vivem no país báltico, segundo a LRT.
Os EUA mantêm a posição de não reconhecer a legitimidade das eleições presidenciais celebradas em agosto de 2020 na Bielorrússia, mas afirmam acreditar que a presença de sua embaixadora em Minsk está em linha com os seus interesses. Em dezembro de 2020, Fischer foi indicada como embaixadora na Bielorrússia, o primeiro nome designado pelo Departamento de Estado norte-americano para o cargo desde 2008.
Em janeiro, o ministro das Relações Exteriores da Bielorrússia, Vladimir Makei, anunciou que Minsk escolheria em breve um candidato para assumir a embaixada do país em Washington.