A OTAN planeja começar a retirada de suas tropas do Afeganistão a partir de 1º de maio e concluir o processo dentro de alguns meses, disse o secretário-geral Jens Stoltenberg no início de abril deste ano. O presidente dos EUA, Joe Biden, prometeu retirar as tropas norte-americanas do Afeganistão até 11 de setembro deste ano, no 20º aniversário dos ataques às torres gêmeas de Nova York.
"Desde o ano passado, as forças de segurança e defesa do Afeganistão têm conduzido 96% das operações por conta própria. As tropas afegãs não têm problemas em lutar com o Talibã", disse Andar, ressaltando, porém, que o Afeganistão continuará recebendo assistência estrangeira após a retirada das tropas lideradas pelos EUA.
O oficial apontou ainda que as forças afegãs mantêm uma posição defensiva ativa. Andar também acusou o Talibã de ter membros da Al-Qaeda (ambos proibidos na Rússia) e outros grupos terroristas em suas fileiras.
Os EUA e o Talibã assinaram um acordo de paz em fevereiro de 2020. Entre outras coisas, o acordo estipulou a retirada das forças estrangeiras do Afeganistão em troca de o Talibã diminuir a violência e garantir que o país não se tornará um porto seguro para terroristas.
Enquanto as forças estrangeiras se preparam para partir do país, confrontos violentos entre o movimento radical e as tropas do governo continuam no Afeganistão, apesar das negociações de paz em curso no Qatar.