Lloyd Austin, secretário de Defesa dos EUA, aprovou a implantação do porta-aviões USS Eisenhower e de bombardeiros de longo alcance no Qatar, dois dos quais já chegaram, para proteger as forças dos EUA no Afeganistão durante a retirada, relatou na sexta-feira (23) John Kirby, porta-voz do Pentágono.
As forças terrestres norte-americanas e da OTAN no Afeganistão deverão sair do país até 1º de maio, devendo a retirada de todos os recursos ocorrer até 11 de setembro, dia do 20º aniversário do ataque terrorista de 11 setembro nos EUA.
"[Austin] aprovou algumas medidas adicionais hoje. Ele aprovou a extensão [da missão do porta-aviões] USS Eisenhower a fim de permanecer na área de responsabilidade do Comando Central [CENTCOM, na sigla em inglês] por um período de tempo, e aprovou a adição de alguns bombardeiros de longo alcance, a serem destacados para a região", disse Kirby em uma coletiva de imprensa.
"Dois desses B-52 já chegaram à região", acrescentou, em referência ao Oriente Médio.
Kirby apontou que é possível que haja um aumento temporário das forças terrestres dos EUA no Afeganistão para auxiliar uma retirada ordenada. O secretário de Defesa dos EUA adicionou que todo o equipamento militar será transferido para fora do Afeganistão por via aérea, mas que ainda não tem uma estimativa de quanto custará a operação de retirada dos EUA.
O Afeganistão continua registrando confrontos entre os rebeldes talibã e os militares afegãos, apesar do início das conversações de paz entre o movimento e as autoridades afegãs em Doha, no Qatar, em setembro de 2020.
Kenneth McKenzie, chefe do CENTCOM, disse na quinta-feira (22) que as conversações de paz intra-afegãs parecem estar atualmente em um breve impasse, sublinhando a necessidade de os Estados Unidos continuarem apoiando o governo afegão para evitar o seu colapso após a retirada das forças estrangeiras.
A área de responsabilidade do Comando Central dos EUA se estende desde o Chifre da África, passando pelo golfo Pérsico, até a Ásia Central.