'Eles estão cientes das medidas de resposta', diz Moscou após Romênia expulsar diplomata russo

A decisão da Romênia de expulsar um diplomata russo é uma atitude hostil e Moscou tem o direito de responder, afirmou a embaixada russa em Bucareste à Sputnik nesta segunda-feira (26).
Sputnik

A Romênia está expulsando o adjunto do adido militar da embaixada russa no país por atividades incompatíveis com seu status diplomático, afirmou o Ministério das Relações Exteriores romeno. O ministério não deu mais motivos para ordenar a saída do diplomata Aleksei Grishaev e declará-lo persona non grata, relata nesta segunda-feira (26) a agência Reuters.

A decisão da Romênia de expulsar um diplomata russo é uma atitude hostil e Moscou tem o direito de responder, disse a embaixada russa em Bucareste à Sputnik.

"Consideramos esta decisão das autoridades romenas um ato hostil que não contribui para a recuperação das relações interestatais bilaterais", afirmou a embaixada.

Por sua vez, a representante oficial porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova comunicou que "o embaixador romeno na Rússia está bem ciente do procedimento das medidas de resposta".

'Eles estão cientes das medidas de resposta', diz Moscou após Romênia expulsar diplomata russo

Crise diplomática

Também nesta segunda-feira (26), o MRE russo comunicou ao embaixador italiano em Moscou, Pasquale Terracciano, que o assistente do adido de defesa e adido naval Pacifichi foi declarado persona non grata "em retaliação às ações hostis e injustificáveis das autoridades italianas em relação ao adido militar da embaixada russa em Roma".

A nota informa que o diplomata italiano deverá deixar o território da Federação da Rússia em 24 horas. Moscou disse que a decisão é uma resposta à expulsão de dois diplomatas russos pela Itália no mês passado, depois que a polícia disse ter flagrado um capitão da Marinha italiana passando documentos secretos para um oficial militar russo em troca de dinheiro.

Além da Romênia, sete outros países do ex-bloco soviético na Europa Central e Oriental, todos agora membros da União Europeia e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), expulsaram diplomatas russos nas últimas semanas, desencadeando medidas recíprocas de Moscou.

Mais dramaticamente, Praga ordenou a saída de 18 diplomatas russos em 17 de abril após sugerir que agentes da inteligência russa poderiam ter causado explosões em um depósito de munição tcheco em 2014, que matou duas pessoas. Moscou nega qualquer envolvimento.

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