UE entra com ação legal contra AstraZeneca por descumprimento no fornecimento de vacinas

A União Europeia (UE) lança processo judicial contra a empresa farmacêutica sueco-britânica AstraZeneca por descumprimento do contrato de fornecimento de vacinas.
Sputnik

A UE deu início a um processo contra a AstraZeneca por não ter cumprido o contrato acordado para a entrega de imunizantes a países do bloco europeu, informou a Comissão Europeia em comunicado.

"A razão é que os termos do contrato, ou alguns termos do contrato, não foram cumpridos e a empresa não está em posição de apresentar uma estratégia fiável a fim de assegurar a entrega dentro do prazo das doses" disse nesta segunda-feira (26) Stefan De Keersmaecker, porta-voz da Comissão Europeia.

Por sua vez, a AstraZeneca informou que a ação legal contra a empresa em relação ao fornecimento de sua vacina contra COVID-19 não tinha mérito.

"AstraZeneca cumpriu plenamente o acordo de compra antecipada com a Comissão Europeia e se defenderá firmemente no tribunal. Acreditamos que qualquer litígio é sem mérito e saudamos esta oportunidade de resolver esta disputa o mais rapidamente possível", afirmou a empresa em comunicado.

Anteriormente, uma fonte diplomática citada pela mídia disse que esta decisão estava estritamente associada à intenção da UE de assegurar que todas as entregas planejadas se realizassem no segundo trimestre deste ano.

UE entra com ação legal contra AstraZeneca por descumprimento no fornecimento de vacinas

"Os Estados da UE têm que decidir se vão participar. Trata-se do cumprimento das entregas até o final do segundo trimestre", disse a fonte.

A UE tem enfrentado problemas em obter as doses contratadas das vacinas aprovadas para uso em seu território, particularmente as da AstraZeneca, Moderna e do consórcio Pfizer/BioNTech.

Até o final de março de 2021, a AstraZeneca só entregou 30 milhões de doses, dos 100 milhões prometidos, sendo que agora a empresa prevê fornecer 70 milhões de doses até ao final do segundo trimestre, em vez dos 300 milhões contratados. Os atrasos ameaçam frustrar os ambiciosos planos de vacinação de Bruxelas.

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