O debate político se iniciou no domingo (25), após o vazamento de um áudio do chanceler da República Islâmica falando sobre o papel do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) na política iraniana, e ainda comentando coisas controversas sobre o major-general Qassem Soleimani, assassinado no início de 2020 sob comando do ex-presidente Donald Trump.
Segundo informou o jornal The New York Times, "o ex-secretário de Estado John Kerry teria lhe informado que Israel atacou interesses iranianos na Síria pelo menos umas 200 vezes, para espanto de [Mohammad Javad] Zarif [ministro das Relações Exteriores do Irã]".
Os senadores se mostraram furiosos com Kerry por supostamente ter compartilhado informação secreta sobre ataques israelenses em território sírio, mas os mesmos parecem ignorar que há muito o governo sírio tem alertado a comunidade internacional para as repetidas violações de sua soberania, perpetradas maioritariamente pelas Forças de Defesa de Israel (FDI).
Com o aumento de críticas de praticamente todos os espectros políticos dos EUA, John Kerry negou as acusações em sua conta no Twitter.
Eu posso dizer que esta história e estas alegações são inequivocamente falsas. Isto nunca aconteceu, nem quando eu era secretário de Estado ou desde então.
O Estado judaico, por sua vez, não confirma ou desmente ter conduzido ataques contra a Síria, no âmbito de atingir alvos iranianos.