Jovem que jogou menino do 10º andar em Londres não era considerado possível causador de 'risco'

O adolescente britânico que jogou um menino francês de seis anos do 10º andar do Tate Modern de Londres em 2019 não era considerado um risco público à época do incidente, informou a mídia local nesta terça-feira (27).
Sputnik

Jonty Bravery foi preso no ano passado por tentativa de homicídio depois de atirar um menino francês de uma altura de cerca de 30 metros, no dia 4 de agosto de 2019. A vítima, que estava de férias com sua família, caiu de cabeça, na frente de espectadores atordoados em Londres.

O menino, que não pode ser identificado por ser menor de idade, sofreu fraturas na coluna vertebral, pernas e braços, além de um ferimento na cabeça. Ele ainda está em reabilitação intensiva.

Bravery, que tinha 17 anos na época, disse imediatamente após o incidente que não estava recebendo os cuidados adequados para seus problemas de saúde mental.

Jonty Bravery, de 19 anos, que atirou um menino de 6 anos da plataforma de observação do Tate Modern, está preso por mais 14 semanas após admitir ter atacado a equipe do Hospital Broadmoor.

Apesar de já ter apresentando comportamento violento e ameaçador antes do ataque contra o garoto francês, uma análise anterior ao episódio do Tate Modern havia concluído que não havia razão para pensar que Bravery prejudicaria aqueles ao seu redor.

"Não houve evidências recentes de que ele [Bravery] representava um risco para outras crianças ou adultos que ele desconhecia. Foi nesse contexto que ele foi ganhando cada vez mais liberdade, o que o permitiu visitar o centro de Londres desacompanhado no dia do incidente", disse o relatório, conforme publicado pela BBC do Reino Unido.

No dia do ataque, Bravery, que foi diagnosticado com transtorno do espectro do autismo aos cinco anos, disse aos seus supervisores que visitaria um shopping center local, mas na verdade foi para o museu, no centro de Londres.

Jovem que jogou menino do 10º andar em Londres não era considerado possível causador de 'risco'

A revisão do caso detalhou uma série de incidentes até dois anos antes do ataque. Bravery já havia agredido um policial e um funcionário de um restaurante, além de ter atingido uma pessoa com um tijolo.

De forma mais ampla, o relatório afirma que há falta de tratamento residencial para jovens com comportamentos de alto risco, como Bravery, e desincentivos para que os funcionários relatem problemas com os pacientes.

Em dezembro do ano passado, os juízes bloquearam um recurso para reduzir a pena de prisão de 15 anos de Bravery.

Um tribunal foi informado antes de ele ser sentenciado que ele tinha um transtorno de personalidade. Psiquiatras informaram também que ele apresenta traços psicopáticos, mas não havia sido formalmente avaliado para esta condição.

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