Militares dos EUA pediram maior acesso a informações de inteligência sobre Rússia e China, diz mídia

Mídia norte-americana divulgou que em 2020 um grupo de comandantes norte-americanos pediu às agências de inteligência para tornarem públicas informações sobre "comportamento prejudicial" da Rússia e China, o que ajudaria a reforçar o apoio de seus aliados.
Sputnik

As agências de inteligência dos EUA estavam considerando uma maneira para desclassificar e revelar mais informação sobre a China e a Rússia no âmbito da guerra da informação. O pedido foi feito por comandantes militares norte-americanos, segundo informou o jornal Politico citando fontes.

Em 2020, nove comandantes militares regionais pediram às agências de inteligência em uma nota que lhes dessem mais evidências que pudessem tornar públicas como uma forma de combater o "comportamento prejudicial" de alguns países, de acordo com a mídia.

Washington poderia reforçar o apoio de seus aliados apenas "revelando a verdade no domínio público contra os desafiantes da América de século XXI", citou a mídia.

Uma área da inteligência que os militares disseram que precisa ser mais divulgada é a das imagens de satélites. Os comandantes apelaram para o compartilhamento de imagens sobre o "comportamento de adversários".

Um ex-oficial da Defesa dos EUA disse à mídia que os comandantes não estão obtendo o tipo de informação de inteligência que desejam, ou estão a obtê-la muito tarde, ou até mesmo classificando-a abertamente para que não possam divulgá-la.

"Os russos e chineses, em particular, transformaram as informações em armas", afirmou Kari Bingen, uma das destinatárias da nota quando era subsecretária da Defesa para Inteligência e Segurança. "É uma preocupação significante levantada por comandantes militares e profissionais de inteligência".

A nota não se tornou pública, mas levantou ondas no Pentágono, na Comunidade de Inteligência dos EUA e no Congresso. A carta foi organizada pelo almirante Phil Davidson, o chefe do Comando Indo-Pacífico dos EUA (USINDOPACOM, na sigla em inglês) e foi assinada por nove de 11 comandantes de combate, todos, exceto um, ainda estão em serviço. A nota não foi classificada, no entanto, foi marcada "só para uso oficial", conforme relatou o Politico.

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