"A França condena firmemente o ataque terrorista cometido em 26 de abril no leste de Burkina Faso, que causou a morte de dois jornalistas espanhóis e de um irlandês, e que também deixou seis burkineses feridos", diz um comunicado emitido pelo Ministério das Relações Exteriores francês.
"Os responsáveis desses ataques devem ser identificados e julgados por suas ações. A liberdade de imprensa e a segurança dos jornalistas, assim como de todos os que contribuem para os debates públicos, são fundamentais e devem ser garantidas em todas as partes do mundo", frisou o ministério.
Além disso, a França reiterou que seguirá na luta contra o terrorismo junto com as autoridades de Burkina Faso.
Na última segunda-feira (26), dois jornalistas espanhóis e um irlandês foram assassinados por um grupo armado em um parque natural, situado na fronteira entre Burkina Faso e Benin, enquanto documentavam as iniciativas do país africano para preservar a natureza e combater a caça ilegal.
O assassinato dos jornalistas David Beriain e Roberto Fraile em Burkina Faso interrompe uma carreira brilhante, tão arriscada quanto necessária, contando as múltiplas atrocidades que são cometidas nos lugares mais perigosos do mundo. Ficamos com sua memória e seu trabalho inestimável.
Nesta quarta-feira (28), a Sputnik foi informada através de uma fonte próxima dos acontecimentos que outro jornalista europeu, um suíço, sobreviveu ao ataque, junto com um militar burkinês. Segundo a fonte, o militar conseguiu se esconder na mata, enquanto o jornalista suíço fugiu para a capital Ouagadougou.
Assim como grande parte da região do Sahel na África Ocidental, Burkina Faso vive uma profunda crise de segurança pela presença de grupos armados vinculados à Al-Qaeda e ao Daesh (organizações terroristas proibidas na Rússia e em vários outros países), que realizam ataques contra alvos militares e civis, apesar da ajuda de forças militares francesas e das Nações Unidas.