No último domingo (25), eclodiram confrontos entre as forças leais ao presidente e a oposição. No início do mês, o presidente Mohamed Abdullahi Mohamed, cujo mandato expirou oficialmente em fevereiro, assinou uma lei estendendo seu mandato atual por dois anos.
Na terça-feira [27], @UNSomalia condenou o surto de violência em Mogadíscio e encorajou a retomada do diálogo e esforços contínuos para reunir todas as partes.
O primeiro-ministro Mohamed Hussein Roble e dois estados somalis emitiram um comunicado exigindo o cancelamento da prorrogação. As forças armadas filiadas à oposição tomaram várias áreas importantes em Mogadíscio.
"Estou extremamente preocupado com a deterioração da situação de segurança em Mogadíscio. Além de deslocar civis inocentes, a violência inicial criou incerteza e medo de interrupções na assistência humanitária para centenas de milhares de pessoas vulneráveis em toda a cidade", disse o coordenador humanitário em exercício da ONU para a Somália, Cesar Arroyo.
De acordo com o funcionário da ONU, cerca de 173 mil somalis foram deslocados desde janeiro deste ano devido à escalada da violência no país. O conflito armado está aumentando e afeta desproporcionalmente os mais vulneráveis, conforme disse em comunicado.
"Ao contrário dos dois anos anteriores, a maior parte dos deslocados na Somália este ano está relacionada ao conflito. Exorto as partes em conflito a respeitar o Direito Internacional Humanitário e sua obrigação de proteger os civis", observou Arroyo.
A nação do Chifre da África, um dos países mais pobres do mundo, é considerada um "estado falido". O país está dividido em várias partes desde 1991. O governo federal oficial, reconhecido pela comunidade internacional, controla a capital e várias outras áreas. O resto do país é administrado por entidades semiestatais — como Somalilândia e Puntland — e grupos terroristas.