De acordo com o Departamento de Justiça, a companhia reconheceu que violou os Regulamentos de Administração de Exportação e os Regulamentos de Transações e Sanções Iranianas, ao exportar ilegalmente os seus produtos para a república islâmica entre 2010 e 2017, aceitou as penalidades impostas e prometeu mudar suas práticas de negócios.
"A SAP SE, sediada em Walldorf, Alemanha, concordou em pagar as penalidades que somam mais de US$8 milhões [cerca de R$ 43 milhões] em multas como parte de uma resolução global com os departamentos de Justiça, Comércio e Tesouro dos EUA", diz a nota.
Por sua vez, o procurador-geral adjunto dos Estados Unidos, John Demers, disse que a companhia poderia sofrer penalidades ainda maiores e um processo judicial se não tivesse divulgado, cooperado e remediado voluntariamente as atividades que violaram as sanções americanas contra o Irã.
Como resultado de uma investigação conjunta em Boston entre o FBI e os departamentos de Comércio e Segurança Interna, a SAP, uma empresa global de software sediada na Alemanha, concordou em pagar mais de US$ 8 milhões em multas como parte de uma resolução global para a exportação ilegal de milhares de seus produtos de software para o Irã.
Segundo o procurador dos Estados Unidos em Massachusetts, Nathaniel Mendell, a SAP não estava utilizando adequadamente os seus filtros de geolocalização para identificar e bloquear milhares de downloads iranianos de software e atualizações ao longo de muitos anos.
Assim, segundo o Departamento de Justiça, isso permitiu que várias empresas de fachada controladas pelo Irã, algumas delas supostamente ligadas ao governo, pudessem usar os softwares da companhia alemã.
"O HSI [Departamento de Segurança Interna] continuará a coordenar com os nossos parceiros de aplicação da lei para garantir que tecnologias sensíveis produzidas nos Estados Unidos não acabem nas mãos de nossos adversários" - Agente especial em exercício William S. Walker.