Mais cedo, o tribunal formado por cinco deputados e cinco desembargadores decidiu de forma unânime pela destituição do ex-governador por crime de responsabilidade. Em seguida, por 9 votos a 1, decidiram também torná-lo inelegível por cinco anos. Apenas o deputado Alexandre Freitas (Novo) votou de forma diferente, defendendo uma inabilitação de quatro anos.
Denunciado pelo Ministério Público e réu pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro durante a gestão da pandemia da COVID-19 no Rio de Janeiro, Witzel já estava afastado do governo desde agosto, por determinação do Superior Tribunal de Justiça (STJ).
O ex-governador é acusado de ter participado de um grande esquema de desvio de verbas do Fundo Estadual de Saúde, com irregularidades na contratação dos hospitais de campanha, respiradores e medicamentos utilizados no contexto do surto do novo coronavírus. Ele, no entanto, se declara inocente.
Witzel é o primeiro governador brasileiro a ser afastado em definitivo do cargo através de um processo de impeachment. Antes dele, em setembro de 1957, Sebastião Marinho Muniz Falcão, então governador de Alagoas, também chegou a sofrer um impeachment, mas acabou sendo reconduzido ao cargo quatro meses depois.