O chefe do Estado-Maior do Exército do Afeganistão confirmou o início da retirada estrangeira durante entrevista coletiva.
"A retirada das tropas estrangeiras realmente começou", disse Yasin Zia.
Antes do prazo final negociado para 1º de maio, ainda como parte do acordo entre o governo do ex-presidente norte-americano, Donald Trump, e o Talibã (grupo terrorista proibido na Rússia), a Casa Branca e a OTAN anunciaram o início da retirada das tropas do Afeganistão. O acordo estipula, além da retirada das tropas estrangeiras, que o Talibã garanta que o país não se torne um porto seguro para terroristas na região.
Para garantir a segurança durante o processo, o contingente norte-americano no país aumentará durante os estágios iniciais da operação de retirada de tropas. Os EUA e a OTAN planejam deixar o país até 11 de setembro deste ano, aniversário de 20 anos dos ataques às torres gêmeas, em Nova York.
O Talibã acusou os EUA de violar o acordo feito em Doha, no Qatar, devido ao fracasso em relação ao prazo inicial e chegou a ameaçar abandonar as negociações de paz no Afeganistão até que todas as tropas estrangeiras se retirem do país. O movimento também alertou que a cláusula de não agressão contra as forças dos EUA se tornará nula a partir deste 1º de maio.