Pentágono cancela projetos de construção de muro de fronteira com México usando fundos militares

Departamento de Defesa dos EUA cancela os projetos de construção da barreira fronteiriça financiados por fundos militares. O dinheiro devolvido será usado para os adiados projetos de construção militares.
Sputnik

Na sexta-feira (30), o Pentágono afirmou que está cancelando a construção das partes do muro na fronteira com o México do ex-presidente dos EUA Donald Trump que eram construídas usando fundos militares. O dinheiro que ainda não foi usado será devolvido às Forças Armadas, de acordo com Reuters.

"O Departamento de Defesa está prosseguindo o cancelamento de todos os projetos de construção de barreiras fronteiriças pagos com fundos originalmente destinados para outras missões e funções militares, tais como escolas para os filhos dos militares, projetos de construção militar no exterior em nações parceiras e para a conta de equipamentos da Guarda Nacional e da Reserva", disse o porta-voz do Pentágono Jamal Brown.

O porta-voz afirmou que os fundos devolvidos serão usados para os adiados projetos de construção militares. Não foi revelado quanto dinheiro será devolvido aos militares, mas é provável que sejam vários bilhões de dólares, segundo Reuters.

Além disso, ontem (30) o Departamento de Segurança Interna norte-americano também anunciou que tomará medidas para lidar com "os perigos físicos resultantes da abordagem da anterior administração da construção de muro da fronteira".

O departamento afirmou que reparará o sistema de barreiras contra inundações do Vale do Rio Grande no qual, segundo o serviço, foram feitos grandes buracos durante a construção do muro sob a administração Trump. Também será remediada a erosão do solo em San Diego ao longo de um segmento do muro.

O então presidente Donald Trump declarou o estado de emergência nacional em 2019 na tentativa de redirecionar financiamento para construir o muro na fronteira do sul dos Estados Unidos. O atual presidente Joe Biden emitiu uma proclamação em 20 de janeiro, seu primeiro dia no cargo, ordenando o congelamento dos projetos de construção do muro e a realização de uma revisão da legalidade de seus métodos de financiamento e contratação.

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