O projeto impopular foi proposto por Iván Duque em abril, em uma tentativa de amortecer o impacto negativo da pandemia. A proposta gerou manifestações populares pelas ruas das principais cidades do país.
Parte da população entende a reforma proposta como uma nova carga tributária que pode prejudicar milhões de trabalhadores com impostos adicionais.
"A decisão de apresentar a Reforma da Transformação Social Sustentável tem um único propósito e é dar estabilidade fiscal ao país, proteger os programas sociais dos mais vulneráveis e gerar condições de crescimento", disse o presidente Iván Duque.
Em um discurso ao lado de seus ministros de gabinete, feito na sede da presidência em Bogotá neste domingo (2), o presidente pediu uma reformulação urgente do projeto de lei para evitar incertezas financeiras. Com isso, a proposta feita em abril será arquivada.
Duque afirmou que a reforma não foi um capricho, e sim uma necessidade, e destacou a importância de se prolongar os programas sociais que beneficiam milhões de colombianos.
Desde quarta-feira (28), a Colômbia tem sido varrida por uma onda de greves e protestos de trabalhadores contra a chamada Lei de Solidariedade Sustentável.
Duque disse anteriormente que a reforma ajudaria a levantar uma soma equivalente a cerca de 2% do PIB da Colômbia, e ajudaria o país a aliviar os efeitos econômicos da pandemia do coronavírus.