O documento, intitulado Avaliação Mundial de Ameaças aos Estados Unidos, foi publicado pelo Comitê Especial de Inteligência do Senado e contou com colaboração da Agência Central de Inteligência (CIA, na sigla em inglês) e do Departamento Federal de Investigação (FBI, na sigla em inglês).
Iran International, que é um veículo de imprensa sediado em Londres, citou o relatório que se referia ao Irã como "principal desafiador dos interesses dos EUA no Oriente Médio devido às suas sofisticadas capacidades militares, amplas redes de parceria e representantes e a periódica disposição de usar força contra EUA e suas forças parceiras".
O relatório sugere igualmente que Teerã "procurará evitar a escalada" de tensões com Washington enquanto a República Islâmica "avalia a direção política dos EUA em relação ao Irã e o status da presença dos EUA na região".
Neste contexto, o relatório aborda o assassinato, do ano passado, de Qassem Soleimani, da força de elite Quds do Corpo de Guardiões da Revolução Islâmica (IRGC, na sigla em inglês) do Irã pelas forças dos EUA.
O referido documento indica que o assassinato de Soleimani no início de janeiro de 2020 "degradou" as alianças regionais do Irã, e que Teerã estava agora "aumentando o envolvimento de parceiros e representantes [...] para manter a profundidade estratégica".
Na semana passada, as tensões entre Washington e Teerã se agravaram quando embarcações iranianas se aproximaram de vários navios da Marinha e da Guarda Costeira dos EUA, o que levou as forças americanas a fazerem vários disparos de advertência após as diretivas terem sido alegadamente ignoradas.