"Minha continuidade no governo dificultaria a construção rápida e eficiente dos consensos necessários para levar adiante outro projeto de reforma", afirmou Carrasquilla, em sua carta de renúncia a Duque.
Em substituição de Carrasquilla, o presidente da Colômbia nomeou José Manuel Restrepo, que exerceu as funções de ministro do Comércio, Indústria e Turismo, tendo sido também chefe da pasta do Tesouro.
A renúncia, segundo informações do portal RT, foi também motivada pela confirmação de 19 mortes durante a série de violentos protestos nas ruas nos últimos dias.
Depois de um encontro cordial com o presidente da República, Iván Duque, o médico Alberto Carrasquilla anunciou a sua renúncia ao cargo de Ministro da Fazenda e Crédito Público a partir desta data [3].
A violência que se seguiu contra a reforma tributária na Colômbia deixou também ao menos 800 feridos, enquanto as mobilizações continuavam nesta segunda-feira (3).
O ministro da Defesa, Diego Molano, garantiu que os atos de violência foram "premeditados, organizados e financiados por grupos dissidentes das FARC (Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia)", que se afastaram do acordo de paz assinado em 2016.
Pressionado pelas manifestações nas ruas, o presidente Duque ordenou no domingo (2) a retirada da proposta que era debatida no Congresso. Em seguida, ele propôs a elaboração de um novo projeto que descarta os principais pontos de discórdia: o aumento do ICMS sobre serviços e mercadorias e a ampliação da base de contribuintes com imposto de renda.
A Colômbia é o terceiro país da América Latina com o maior número de infecções por COVID-19 (2,8 milhões), atrás do Brasil e da Argentina. Em termos de mortes (74.700), só é superado na região pelo Brasil e pelo México.