Segundo revela a Popular Mechanics, se em 2015 foram registradas dez interceptações de aeronaves russas ao largo da costa do Alasca, em 2020 elas já foram 60.
Porém, os aviões russos não se aproximam do espaço aéreo do estado norte-americano do Alasca. Mesmo assim, os militares da Força Aérea dos EUA presentes lá devem sempre reagir a estes eventos, o que obriga a acionar várias aeronaves, desde caças F-22 a aviões de reabastecimento, para acompanhá-los.
A Força Aérea americana monitora a Zona de Identificação de Defesa Aérea (ADIZ, na sigla em inglês) do Alasca como parte da Operação Águia Nobre.
Na sequência dos acontecimentos de 11 de setembro de 2001, esta operação lida com todas as missões de defesa aérea e soberania aérea sobre o espaço aéreo norte-americano, inclusive respondendo a sequestros aéreos e vigiando a fronteira aérea dos EUA a fim de evitar possíveis intrusões.
A ADIZ do Alasca é uma vasta zona tampão que se estende por milhares de milhas quadradas e este espaço aéreo não é soberano. Sendo assim, os aviões russos podem voar lá legalmente.
Uma aeronave estrangeira não será considerada invasora se passar a mais de 12 milhas marítimas do território dos EUA. Por outro lado, cada avião russo é uma fonte de preocupações para os militares dos EUA, pois ao estar na zona tampão tal avião "se quiser" pode muito rapidamente entrar no espaço aéreo do Alasca.
O artigo aponta que, pelo visto, muitas das missões de aeronaves russas neste território são voos de treinamento, já que aqui a distância entre a Rússia e os EUA é muito pequena.
Mas os caças furtivos F-22 Raptor têm que responder na mesma. Normalmente os pilotos russos realizam voos em bombardeiros Tu-95, aviões antissubmarino Il-38 e Il-38N modernizados e caças Su-35.