O pedido foi feito durante depoimento ao Comitê de Relações Exteriores da Câmara dos EUA.
"Precisamos que os Estados Unidos assumam um papel de liderança decisivo para ajudar a resolver a crise de Mianmar", disse Kyaw Moe Tun.
O embaixador acrescentou que a situação em Mianmar "é de fato uma tragédia em desenvolvimento que continua a aumentar" e que com o tempo as pessoas "estão sofrendo seriamente com a brutalidade militar e atos desumanos dia e noite".
Kyaw Moe Tun disse que os Estados Unidos devem expandir imediatamente a proteção aos civis mianmarenses, fornecendo ajuda humanitária e acolhendo aqueles que buscam refúgio nos países vizinhos.
Além disso, ele instou Washington a aplicar sanções específicas contra os militares e a congelar todas as contas relacionadas aos generais de Mianmar. Ele disse também que todos os fluxos financeiros para os militares deveriam ser cortados imediatamente.
Falando em uma reunião do Conselho de Segurança da ONU no mês passado, Kyaw Moe Tu já havia pedido uma zona de exclusão aérea a ser estabelecida em áreas populosas em Mianmar, para evitar que os militares realizem ataques aéreos contra civis.
Kyaw Moe Tun foi exonerado do cargo pelos militares em fevereiro, após sua declaração de oposição ao golpe. No entanto, a ONU decidiu que o enviado permaneceria em seu posto.