A condenação acontece pela realização de uma campanha para intimidar jornalistas e minorias raciais e religiosas. O caso de John Cameron Denton, de 27 anos, de Montgomery, Texas, envolve também dezenas de ataques "swatting" nos Estados Unidos entre outubro de 2018 e fevereiro de 2019.
"Swatting" significa ligar para serviços de emergência norte-americanos para relatar ameaças de bomba, tomada de reféns ou outras atividades violentas, forçando as equipes da SWAT da polícia a responder. Os "golpes" aconteceram em pelo menos 134 locais diferentes, de acordo com o Departamento de Justiça dos EUA.
"Os golpes de Denton não foram pegadinhas inofensivas; ele escolheu cuidadosamente seus alvos para hostilizar e ridicularizar comunidades religiosas e raciais, jornalistas e outros contra os quais tinha preconceito ou queixa", disse o agente especial do FBI Timothy Thibault em um comunicado, conforme noticiado pela AFP.
Os alvos dos "golpes" de Denton incluíam jornalistas, uma universidade da Virgínia, um ex-membro do gabinete dos Estados Unidos, uma igreja afro-americana histórica e um centro islâmico.
Outro alvo foi o escritório (na cidade de Nova York) do jornal investigativo ProPublica, que havia noticiado as atividades de Denton na Divisão Atomwaffen, um grupo extremista violento com células em vários estados dos EUA. Denton é ex-líder deste grupo.
Em 2017, o Atomwaffen proibiu seus membros de aparecerem em demonstrações públicas, mas o ProPublica encontrou fotos de um protesto anti-imigração anterior. John Cameron Denton (também conhecido como "Rape"), do Texas Atomwaffen com um rifle e uma máscara de caveira e depois com seus amigos neonazistas e sem máscara.
Quatro outros membros do Atomwaffen foram presos no início deste ano por ameaçar jornalistas e ativistas que faziam campanha contra o anti-semitismo e o racismo.